10 de jul. de 2013

Mulheres Prendadas

Olá!

Estava eu programando o que eu colocaria aqui no blog por esses dias quando achei uma boa abordar esse tema: ser uma mulher prendada.

Terminei de ler semana passada a revista Tpm de maio (sim, sempre termino de ler as minhas revistas quando a edição seguinte já chegou na banca. Ou até mais atrasada, como a revista Elle de março que ainda estou lendo, rs), com o tema central de Mulheres Prendadas. Comprei logo que vi na banca, mas deixei para ler em dias mais calmos, pois o assunto realmente me interessa.

Algumas páginas da TPM.

E ver que esse mundo artesanal-craft-costurístico-manual é muito feminino (a Mega Artesanal tinha muito mais mulheres do que homens segundo o meu "data-olhômetro") chamou ainda mais atenção para o assunto.

Enquanto devorava a revista toda, pedi pro marido responder duas coisas. Primeiro, se ele achava que eu era uma mulher prendada. Ele disse que sim. Aí pedi pra ele definir o que é uma mulher prendada. Ele respondeu que é aquela pessoa que sabe fazer várias coisas, todas elas com qualidade, bom gosto e criatividade.

(Ah, e ele brincou que eu poderia incluir vários outros adjetivos positivos terminados com "ade", e também que eu vou terminar a minha colcha de retalhos com muita idade... aff... muito apoio, viu?! Hahahaha!)

De fato, eu sei fazer um tanto de coisas sim. Sou bem minuciosa e acho que aprendi a lidar bem com essa qualidade ao dedicar um tanto do meu tempo às manualidades. Ao longo dos anos aprendi a bordar, fazer crochê, costurar, fazer cupcake e até bolos decorados.

Por outro lado, não sou como a Amélia, aquela que não tinha a menor vaidade. Eu me cuido, no melhor sentido de cuidar bem da nossa morada para poder viver melhor. O marido gostar é consequência.

Mas acho que a questão não se resume só a isso. Ver as várias questões que estão na mente das mulheres como "eu estudei em faculdade de primeira linha, fiz pós-graduação e vários cursos, mas o que eu queria mesmo era me dedicar à minha casa", ou "estudei tanto pra depois ter que saber passar a camisa do marido?", ou ainda "eu quero ter filhos, mas quero focar na minha carreira e ter tempo pra mim"... E por aí vai...

E quando essas mulheres prendadas aproveitam estas habilidades e as transformam em oportunidades de negócio? Eu poderia enumerar várias que eu admiro e conseguiram fazer isso, que bom!

É engraçado e um alívio estar fora do mercado de trabalho há algum tempo e não sentir falta nenhuma do terninho e do escritório. Eu trabalhei em várias empresas, na área de Marketing, sempre me sentindo deslocada e questionando o que eu fazia de errado por não conseguir prosperar. Depois, dando aulas na mesma área, me senti muito melhor e vi mais perspectiva. Mais pra frente, fazendo cupcakes em casa para vender, notei que o contato com as pessoas e vender algo que eu mesma fiz me apetecia muito mais.  

Por isso mesmo, hoje em dia não tenho a menor sensação de ter fracassado (sim, isso rondou a minha cabeça por muitos anos). Estou em casa por opção e sei que essa escolha nem sempre é possível principalmente por questões financeiras, mas não me sinto mal por isso.

Meu marido também é muito prendado, cozinha bem, mantém a ordem na louça e na rotina dos nossos cachorros, realmente não posso reclamar!

Ser uma dona de casa prendada não me fez ficar fora de órbita e, quando estou com pessoas que só falam de trabalho, eu realmente não me esforço para participar da conversa usando exemplos meus de "mil anos" atrás. Falo sobre minha vida como ela é agora, porque sou uma mulher prendada assumida, cuido da minha casa, de mim mesma, do marido, dos meus cachorros e costuro.

Nunca fui tão eu mesma como agora e não posso me prender ao passado. Se eu ainda estivesse de terninho dentro de um escritório, eu teria que deixar a minha porção prendada de lado e isso me deixaria muito infeliz. Porém, quem sabe em algum momento eu escolha uma destas habilidades prendadas para, por exemplo, ter um novo negócio próprio? É uma opção que eu não excluo.

Na verdade, tudo isso que escrevi não é para ser nenhuma dissertação sobre o assunto, já que ele é bem complexo, e sim para cada um de nós poder pensar no seu próprio papel, no que te faz ou não feliz. Eu acho que isso é sempre bom. Aqui eu conto a minha parte apenas.

Luke e eu, costurando minha colcha enquanto assistia Saramandaia.

E você? Se considera uma pessoa prendada?
Transformaria isso em seu principal trabalho?

Beijos!

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